segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Amor, em sua Plenitude

Incito ódio ao oxigênio que adentra minhas traquéias,
Se dissermes que mal te fiz, em meus atos impensados.
Alegria me toma, se teu maravilhoso sorriso
Se abre, iluminando o divino e o trivial
(Maior perdão em minha imperfeição, não encontraria)
Venderia minha alma desgraçada
por teu abraço aconchegante na noite mais fria e solitária.
Venderia meus sonhos pelos teus olhos brilhando esperançosos.
Desejo, com todas minhas forças, estar contigo
Acordado, e te sentindo de dentro pra fora.
Já à outro amor, no berço que embalou meus primeiros sonhos,
Dava-se um nome muito menos belo.
Quem é que aprendeu amar e não sorri,
Pelo sincero sorriso daquele que rege seu romance?
Em que escolas literárias os grandes poetas ensinam
possuir seus gloriosos amores como pássaros aprisionados em gaiolas?
Queria observar tua perfeição sobrevoar os mais belos campos
Longíncuos, porém com a certeza de tua felicidade.


-
Obrigado, Marina, por me fazer escrever sobre amor uma vez mais.
Obrigado, pelo que me trouxe de bom, sempre e sempre
E com mais intensidade à cada vez que te vi.
Obrigado por TUDO que fizeste por mim e que fizeste comigo,
Você é eterna em mim, enquanto eu viver.
Eu te amo e, à ti, o meu maior agradecimento.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O Amor Morava em Mim

Se meu pulmão está inflamado
A culpa é deste ar contaminado
Pela fumaça do ódio humano.
Meu sorriso se perdeu
Em algum canto deste quarto escuro.
Para onde correu o amor?
De que guerra fugiu?
Meu nobre coração está na estante,
Sangra, incessante, sangra.
Na inércia, não tende à parar...
E não vai.
O ter é a falta. O vazio é tudo.
Sei sentir, aprendi quando pequeno,
E desde cedo aprendi a solidão.
Meus pensamentos me guiaram através da neblina.
Nasceram os fantasmas. Libertaram-se os demônios.
Desejei colocar aço na minha cabeça,
À troco de que?
Ninguém tem paz, afinal!
Fui aprendendo com a vida, e os pensamentos...
Estes, nunca cessaram. Infernizando, atormentando.
Se tornaram o meu cárcere, minha pena.
Já os sentimentos... Pra onde foram?
O amor se esconde atrás desta cabeça amaldiçoada
Ou, de tão só, morreu meu coração?
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O eclipse aconteceu
Escuridão cobriu a lua
Minh'alma também morreu
Restou só a carne crua

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Alma Morta

Existe lodo sujando a neve
Na terra onde os lobos se alimentam de corações humanos.
Se os sentimentos matam mais que as armas,
Estás dobrando a esquina de sua casa.
Observas o mundo por uma janela empoeirada.
A utopia está morta e o frio é eterno.
Baratas saem da boca de um cadáver em decomposição;
É a alegria escorrendo por entre seus dedos.
A desesperança é tudo que consegues enxergar
Através desta neblina densa de frustrações.
Na ilha dos desesperados
A existência anda de mãos dadas com o sofrimento.
A verdade é uma avalanche de ódio destruindo seus ossos na madrugada.
O medo é o prato principal no menu de sua vida.
Seu crânio esmagado num canto da sala, virou atração turística.
Seus Deuses imperfeitos são piadas na boca de seus carrascos.
Sua alma seca virou poeira embaixo do tapete.
Está morto, afinal.
Sempre esteve.

Aos Mediocres por Natureza

Se sua beleza alva não te importa,
Rasga tua face com a lâmina da verdade!
Se nada na tua vida te vale mais que aquilo que possui,
queima tuas mãos por teus pertences, maldito!
Teu ouro brilha, tua alma é fosca.
As chuvas da verdadeira glória
Enferrujam teu espírito medíocre.
Fura teus bolsos e sangue te escorre,
mas corta teu peito e nada encontras.
Se julga tão forte. Tão completo e perfeito,
O que temes, então?
Hoje choras pelas reações de teus atos?
Volte pra placenta, filho do pecado!
Atirar pedras nos heróis alheios te engrandece,
Mas ergues estátuas aos Deuses da futilidade.
Seus espelhos despedaçados não te refletem com clareza,
Mas é porque não pagaste ainda teus sete anos de azar.
Sete anos de sofrimento e vinte e um de remorso,
Volta, diabo, que o inferno é seu por direito!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Olhe Bem pra Mim

Tenho cara de Suplente do seu Deus?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Pagando Pecados Alheios

Pagando pecados alheios,
Quebrando promessas vazias.
Quanta angústia é possível enxergar no vazio de minhas retinas?
Estava preso às quatro paredes da sanidade,
Me sufocava. O oxigênio não supria minhas necessidades.
Sem abrigo, fugi pra sempre.
Aqui estou. Maldito, amaldiçoado, pode me enxergar, agora?
Estou cego e morto, consegues ver que parti pra sempre?
Podes ver a tristeza à se alastrar?
Queimando a alma, deixando do espírito as cinzas.
Minha fênix é incapaz de alçar vôo,
Perdida, desamparada, sem asas.
Desaprendi sorrir, ó Deus! Me perdoe por não ser teu filho.
Não tenho amor por nada, nesta vida vã.
Posso sentir o pânico pelas ruas,
O apocalipse rasga os céus, rachando suas construções frageis.
Desde quando me entreguei aos braços de toda essa mediocridade
Não sei mais como é almejar algo.
Desde que aprendi a viver pelos outros, Perdi o que era meu.
Não quero ser filho de seu Messias,
Não sou mártir da sua religião suicida.
Não enxergas que Jesus não vai voltar pra cuspir em suas pernas bambas?
Enquanto os jovens se cortam em seus quartos escuros,
E o óleo escorre as margens deste mar imundo
Estou aqui, esperando...
Mas o que é que vem pela frente?
O que?

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Trem se Foi

A vida é um trem alcançando o fim de sua linha.
O desespero faz com que alguns saltem pelas janelas
Para o grande abismo da inexistência.
À estes só resta o esquecimento.
As drogas fodendo sua mente,
Os humanos fodendo seu coração.
A tristeza dominando,
Você agonizando e se debatendo,
Com seu sorriso amarelo, de plástico,
Um script repleto de falas otimistas
De um personagem coadjuvante de sua própria história,
Antagonista de uma trama sem surpresas.
Inalando fumaça, a gola o sufoca.
Aperta o nó de sua gravata,
Aperta o nó em sua garganta,
Mas está apresentável para o espetáculo.
O mundo te soterra cada vez mais
Com suas traições hereditárias,
Com suas ambiguidades de morte súbita
E suas coroas de espinhos.
E você cava sua cova diariamente,
Comprando flores e compondo requiéns
Para um velório que não poderá assistir.
Matando seus antigos amores
Chorando diante de suas sepulturas.
À beira da ferrovia escura e solitária
Esperando que a verdade o abrace,
À margem de sua própria vida
Beijando ingratidão e desprezo.
Sem tocar os céus uma única vez,
De joelhos esfolados e palmas ensanguentadas.
Sem conhecer ascenção,
Estagnado, sem saber crer em sua capacidade.
Espera que o trem já chega, amor,
Mas espera com a gola nos trilhos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

La Tour de la Destruction

Novas xantagens baratas.
Os vermes servem de alimento
Refeição dos ignorantes
Banquete para os idiotas.
Mãos gélidas, procurando abrigo.
O calor que não aquece. O frio que não cessa;
Tudo volta ao seu lugar de origem.
A mansão de Deus ou a Torre da destruição
À que porta minha mão fria bate até sangrar-me os dedos?
Só o vazio e o silêncio, o que resta no meio da noite.
O que trará mais abrigo que a insanidade?
Nestes caminhos tortuosos, compridos e desconhecidos
Agora jazem minhas flores, murchas.
Preso às hastes desta loucura,
Vejo um terceiro Sol dominar os céus submissos;
Sua cor, sua fortaleza, sua grandeza.
Tráz em suas veias o caos do universo.
Banhado na desordem, renasço, podre mais uma vez.
Do Paraíso de Deus, resta o alicerce destruído.
As trevas abraçam minh'alma; Esta se aconchega.
O berço dos amaldiçoados.
Sou um anjo morto, sem sangue nas artérias.
Pulsando, minhas asas negras anseiam tomar os céus
Mas a necessidade vêm a tôna - Corroendo.
Me frustro uma última vez.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A noite dos desperados

Forte, mais forte, me toma
Forte, toma pela mão, chamando à sombra
Um assobio, no eco da noite mais negra
Descobrindo o mundo, forte e real.
Escuro, Escorre pelos vãos
O amargo do sangue na boca
Negro refúgio dos desperados,
Enquanto os relógios enlouquecem
No Sol frio de cada manhã seca.
Mais um dia, ou outro qualquer,
Orfão de alegria, cego de amor,
Qualquer coisa que o valha;
Gotejando como se ainda restasse sangue
Sofrendo como se podesse sentir algo
Debilitado e em coma profundo,
Só, na madrugada mais vazia.
Madrugada dos cães que ladram selvagens
Da nevoa das ruas desconhecidas,
No temor dos anjos sem asas
Um coração taquicardíaco.
Na cidade, cinza e podre
Bate ainda, acelerado,
Ansiando a vitória dos desiludidos
Mordendo os lábios, em angústia
Ludibriando infernos vãos
Pessimistas por natureza,
Hipocondríacos, incapazes
Destinos de orgãos insuficientes.
No bravo debater dos medos
Na noite dos desesperados,
Trovando glórias míopes
Desbravando guerras suicidas
Esculpindo fantasmas enebriados
Sangrando cortes mal-cicatrizados,
Tomado pela mão, à caminhar só.

sábado, 27 de novembro de 2010

Auto-enganação

Vive de vislumbrar luzes divinas e maravilhosas
Plenas, bem diante de seus olhos miopes,
incapazes de enxergar o que há no escuro.

Vive à se esconder nos cantos sombrios,
Refúgios que sua mente cria pra roubar sua alma, ensanguentada
Mas que sua boca, em escorbuto, cospe.

Vive de sonhos esquizofrênicos
Realidades escassas e Deuses de plástico
Que iludem seus próprios fiéis prostrados com fé diante do altar.

Vive num duelo de Realidades
Num campo onde as mentiras são desejos mascarados e depressivos
E a realidade se arma de agulhas espessas.

Vive numa verdade imaginada
Num câncer que apodrece seus pulmões
E numa lepra que impede de tocar sua verdadeira face

Vive de beijar os lábios secos da loucura
e sentir o preto e o branco do que não é real
Embalando seu próprio sono, por não saber acordar.

A enganação reprova seus feitos gloriosos
As estórias são efizemas que sufocam
O medo protege dos inimigos mas imuniza de ser real.
O que então, há de valer a pena,
Quando a cólera expele tudo que é interno?

domingo, 31 de outubro de 2010

Corações que Desaprenderam a Amar

Marionetes sem boca,
Furando os próprios olhos
Para não poder enxergar
Os medos que escurraçam suas almas

Guardando segredos antigos
De sua infância perdida,
Cheios de desencantos
E fraquezas infinitas

Entre espinhos e dor
Se desenham suas estradas
Buscam conforto,
Sem encontrar nada

Nos caminhos, os sonhos
Se sacrificam em holocausto
Novos ventos sopram,
Mas os pulmões estão exaustos

Não querem mudar,
Não querem melhorar
Procurando estar sós
Por medo de confiar

Os segredos morrem
As infâncias se esquecem
Mas os medos perduram
E as almas, perecem

Estão perdidos, estáticos
Numa linha, sem saída
Sem chances, sem abrigo,
Pra salvar suas vidas

-
Os corações desaprendem o amor
Os braços não sabem mais dar valor
Os sorrisos temem se abrir
As lágrimas morrem no chão, ao cair

Quando é que o inferno acaba?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Dia das Horas Iguais

Ponteiros secos de horas tortas, massacram meu tempo.
Em meio aos cacos, alguns momentos mórbidos me sobram, descontrolados.
E o relógio corre e corre.... Flui.
Se vai até não restar mais vestígio.
Quando menos se espera, se vai.
Viramos poeira! Agora não nos resta nós mesmo!
Na alta madrugada, quase manhã,
Em meio à insônia solitária e fria, pensava:
"Só por uns dias
Queria dormir e não acordar.
Só por estes dias,
Esquecer e não lembrar nunca mais dessa vida de misérias."
"Nunca mais!"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quando se Tem Medo de Si Mesmo

O cansaço o consome cada dia mais.
Exausto, caminha sem horizontes à fronte.
Cada maldito dia em sua vida é só mais um risco nessa parede sem cor.
Cupins na madeira velha. Sombras acobertando as luzes de sua infância.
Queimadas, gastas, abandonadas.
Trancafiado, chora, com medo de si mesmo.
Confinado em algo que não é, nunca foi e não quer ser,
Porém seu escapismo não mais o vale.
Sem chances de compreender o porque de tanta maldição,
Rememora os antigos pesadelos.
Cantando hinos à morte, rasgando a pele, marcada por inúmeras cicatrizes.
Recluso em sua alma de pedra, se escondendo nos cantos mais sombrios do espírito.
Tentando fugir de algo que não sabe o que.
As imagens nebulosas. Os sons amedrontadores.
O ranger dos dentes, o arranhar das pálpebras secas.
Doente. Da cabeça, do corpo. Do coração.
As tristezas corroendo por dentro,
Enquanto o fim se aproxima, triste e vagarosamente.
Deve libertá-lo do amargor que tráz no peito.
As correntes que o amarram à esta angústia,
Agora serão quebradas, extinguidas.
O que restará é o pó. E este, que o vento varra pra sempre.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Moscas

Uma mosca se arrasta.
Sem asas, se debate.
A luz se apagou. O fim chegou mais cedo.
Viveu uma mentira, mas o fim chegou.
Verdadeiro. Disleal, trouxe o frio assassino consigo.
Sem esperanças, solitária, insignificante, se debate.
Um coração pequeno. Uma dor enorme.
Anseia morrer, tem medo.
Apenas uma mosca que não pode mais voar.
Não pode mais ser. Não pode mais sentir.
Humilhada. Subvivendo em meio ao lixo e à merda.
Sente fome, sede de voltar a ser o que era.
Antigos e escassos momentos de vida não mais existem.
Se debate, agonizante.
Quer gritar, mas ninguém pode ouvir.
Só mais uma maldita mosca no mundo.
Dilacerada pela vida. Esmagada pelos humanos.
Sabe que está morta. Só queria estar enterrada.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pelo Dia em que Maias Foram Assassinados sem Razão Alguma

Os olhos, negros, fitam uma nova fobia.
A água escorre a sarjeta.
Lixo aos ratos de esgoto que, fiéis, aplaudem em pé.
Entulho mediocre. Restos, escombros sociais.
Um sorriso quase que triste, frustrado.
Os lábios cortados; Um frio seco, impiedoso.
Faróis pelo asfalto. úmido, podre, fétido.
Olhares mais baixos. Próximos, observam.
Trilhos frios dos antigos trens permanecem imóveis. Inertes, aguardam.
Vidas desperdiçadas. Lembranças esquecidas.
Estado vegetativo, os sonhos amputados.
O escárnio. Zombaria.
A putrefação corrói a carne. Fingimento.
Tenta ser forte, se arrasta, resiste.
Uma nova forma de injustiça disfarçada.
Uma máscara colorida; Uma face monocrômica.
A queda é infinita. Ininterrúpta, alcança as escuridões mais profundas.
Caminhando com ruídos estranhos, os olhos ardem à luz.
Uma angústia de bolso.
Medo de temer. Tremer por medo.
Os músculos falham. Mortos, tristes, inúteis.
Agonizantes criaturas se arrastam. Caem, impossibilitadas de se reerguer.
Impiedosa, a noite cai.

--------------

Hearts fail.
Young hearts fail and i don't know just why.



[Estava sem computador - Isso é quase que uma coletânea de idéias que tive durante essas últimas semanas.
Pode parecer sem nexo, mas possui. E muito.
Recomendo ouvir Joy Division, mais uma vez, estou ouvindo]

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As Formas Simples de Felicidade

Foi preciso muito torpor para peceber o quão perecível a vida é.
Observava o Sol enquanto morria por detrás das montanhas,
Cada sensação só pode ser vivida uma única vez.
Foram muitos passos até que meus pés confiassem no chão em que tocam,
Por vezes tive medo, fui inseguro. Agora acredito.
Tudo que sei e sinto, hoje posso compreender com clareza
O caos as vezes se descobre escondido em contornos pacíficos.
Muito embora a vida por vezes seja incompreensível,
Do mundo lá fora, faço-me aquilo que sou.
Tudo se encaixa dentro de minha mente,
Só aquilo em que acredito é real.
Só aquele em quem creio é realmente leal.
Só a utopia que vislumbro é bela.

Costruo sonhos firmes.
Perco grandes esperanças.
Só no Hoje sei viver.
O que realmente vale a pena?
Isso vale.



[Sobre insanidade e não ter medo de viver]

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A verdade e a mediocridade

Não adianta tentar mudar.
Nossos caminhos são vazios
No fim, apenas o precipício nos resta.
Fazemos tudo em vão
Nos sustentamos em busca de nada
Nos iludimos, furamos nossos olhos.
Fingimos ser grandes
Vangloriamo-nos por merda alguma
E nos sentimos derrotados, no fim.
Fingimos pra nós mesmos que somos grandes
Embora, nosso maior medo
É de aceitarmos a verdade.
Vivemos de alimentar mentiras
Não conseguimos dormir de noite
Pois ainda nos resta a consciência
(E esta nos apedreja sempre que possível)
Fugimos pra debaixo da cama, com medo.
Sozinhos, tremendo, temos um medo insuportável.
Cada um de nós!
Mas nós ainda sabemos fingir.
Escondemos o medo atrás de máscaras
Máscaras de sorrisos carnavalescos
Fantasias de dias ensolarados
Escondemos nosso ser.
Estamos no fundo do poço!
Estamos afogados, isolados no mundo
Nós queremos ser iguais,
Mas não somos.
Porque, de noite, sozinhos
Rolamos de um lado pro outro da cama
Pensando na próxima mentira que contaremos
Pra fingir que não somos derrotados.
Pra não aceitar a verdadeira realidade...
Não somos nada.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sobre imperfeição, solidão e noites chuvosas

Soturna, a treva cai impiedosa.
Lá fora os cadáveres apodrecem.
Deuses tenebrosos desacreditam de atrocidades comuns
Os Deuses mais sarcásticos zombam da desgraça alheia
As feras vagam pelas ruas manchadas de sangue à procura de alimento,
O odor de morte se espalha; causa ânsias de vômito.
Lá fora a chuva cai.
Aqui, O oxigênio queima, adentrando, frio, as narinas;
Desaprendi a estar tão em mim.
Essa solidão noturna...
Chega sorrateira, por baixo da porta,
Canta uma melodia que embala minha insônia
E não se vai até que um novo dia se perca no tempo.
A alma presa ao perecível,
Cega, perdida, cansada.
As sementes do ódio foram plantadas
Uma doença degenerativa; Uma praga incurável.
O espírito paga em vida o inferno que vivo
Pecados cravados, para sempre, na pele.
Imperfeição, é tudo que resta.
As esperanças de uma nova vida me foram arrancadas
Cortados pelas raízes, jazem meus sonhos, jogados ás traças
Até quando poderei me arrastar?



[Eu ia parar, mas de repente me deu vontade de postar dois textos que, de certa forma, se completam.
Não sei se vai ser possível entender e sentir isso à primeira instância (ou é estância?)
Tenho me sentido bem e mal, um certo tipo de bipolaridade.
Aquela coisa que se sente quando se está em casa. Mas não se está em seu lar.
E quando sua companhia não é uma amizade.]

No chão

O cadáver foi encontrado no canto do quarto.
Já em decomposição, os vermes se alimentavam de suas entranhas.
Em posição fetal, as lágrimas ainda congeladas em sua face, apavorada.
Para sempre apavorado.
Viveu uma vida de trevas e cegueira.
No escuro, se arrastava procurando pelas chaves que o tirassem da prisão.
Porém, suas orações não foram capazes de mantê-lo em pé por muito em tempo.
A fé, enterrada em seu túmulo.
Emoções todas apagadas à muito.
No chão, sem reação, estagnado.
No chão, sem reação, em busca de luz.
No chão, sem reação, morto.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Vida é Fria

A vida é fria.
Minhas mãos congelam enquanto tento, inutilmente, apalpá-la.
Perco o tato.
Preso nessas correntes curtas, não consigo encontrar a saída.
O destino fita minha expressão triste e esboça um breve sorriso
Já não sei enxergar o que está por vir.
Já não sei mais como se olha para um espelho sorrindo,
Nem como se vê uma realidade plausível.
Espero minha morte sentado enquanto todos lá fora entram em desespero
Agonizando solitários, queimam por dentro.
Estam estagnados eternamente, embora mais uma hora se perca nos ponteiros do relógio.
A mesa está posta, mas não os abre o apetite.
As moscas se assentam e defecam sobre seus banquetes.
Mesmo assim, ainda sorriem,
Marionetes perdidas numa dança sem sentido, que se repete por milhares de anos.
Seguem seus roteiros conforme a coreografia,
Mas os cordões que lhes puxam as pernas os derrubam de quando em quando.
desejam libertar-se, porém suas lâminas são incapazes de romper as entranhas
Trêmulas, hesitam perante qualquer obstáculo.
Ninguém mais é capaz de sentir o mesmo.
Isolados no mundo; cada cadáver estirado em um canto.

sábado, 7 de agosto de 2010

"I want to go to the beach,
I don't care if it's decadent
I don't know where my spirit went,
But it's all right
[...]

You can convince the world that you're somekind of superstar
When an asshole is what you are, but that's all right"

I want to go to the beach - Iggy Pop

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Novamente dissertando sobre o vazio

Submerjo no vazio, uma vez mais.
Ele me toma pela mão e eu afogo em seu abraço.
Uma sensação nova:
Nova, mais profunda e, com certeza, pior.
Agora eu posso sentí-lo tal como é.
Não há insanidade que tire isso de minha mente;
Impregnado em minha alma, não há amor que possa apagar.
Não sou forte o suficiente pra me enganar,
Talvez ninguém o seja.
Fuja, fuja. Mas não há pra onde!
Fique, se esconda. Mas seus olhos são melhores que os meus.
Sou incapaz. Eu me degenero, aos poucos.
Sou este vazio, não queria ser.
Nunca tive nada do que eu quis de verdade.
Tudo que chega em minha vida é mais um desejo atrasado
É mais um pesadelo que me atormenta de noite,
Enquanto tremo, me debatendo em minha cama, embora estagnado.
Quando me deito, a cama é fria.
Não há ninguém. Nem mesmo eu estou ali, é só o vazio.
Só mais um motivo inútil pro meu suicídio mental.
Deve ser só uma doença.
Mais uma doença grave.


[Sinto tanto a mesma coisa que estou me tornando repetitivo]

domingo, 25 de julho de 2010

O abismo da frustração

Seus braços me prendiam e me faziam apodrecer.
Minhas mãos se estendiam, mas você nunca me segurou firme
Você nunca esteve lá quando precisei,
Você nunca esteve comigo afinal.
Eu precisei de você mais do que precisei de qualquer pessoa.
Porque você não me olha nos olhos?
Porque você não consegue me sentir quando estou fundo do poço?
Encare a realidade. De frente.
Eu sempre encarei a vida com o punho cerrado,
Sempre apanhando, me cortando,
Você só me machucou, mas eu nunca quis seu mal.
Eu nunca quis que você sentisse dor alguma.
Você é capaz de sentir a minha dor?
Você é capaz de sentir algum medo?
Isso sou eu. Eu estou aqui agora.
Precisei de você e estou no abismo!
Como confiar em lábios que só me machucam?
Como acreditar se isso é falso?
Acabou! Era uma mentira e acabou.
Um dia eu existi pra você?
Você já pode me sentir como eu quis te sentir?
Você tentou olhar nos meus olhos?
Você se deita esperando que alguém esteja ao seu lado?
Eu te esperei, até o fim.
Eu nunca desisti de você. Eu nunca desisti da desgraça.
Me arrastei pela lama,
Quero esquecer de tudo isso..
Um dia você lembrou de mim? Um dia sequer?
Você se importou enquanto me arrancava os sentimentos?
De quando você me torturou só restou um adeus
Ele ecoou na minha mente por tempos e tempos
Mas você ainda se recorda?
Eu não queria.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Perdidos em nós mesmos

O tumor corrói os pensamentos,
A cegueira marca o passo em falso
É o fim do caminho, profundo abismo mental.
O cárcere é o pensar: túmulo dos realistas
Praga dos grandes sábios.
O ódio é chaga que carregamos calada no peito...
A sociedade é sempre o carrasco,
Não importa o quanto se rasteje
Em busca de misericórdia.
Aceitar o fim, a morte dos sonhos..
O que nos apatece mais que desparecer?
Em meio ao medo, à revolta,
Sumimos... Onde nos encontraremos,
se tudo que concluimos com perfeição
É uma armadilha que nos puxa à foice da escuridão?
Famintos pela luz, caminhamos ao nada
Como se a glória não nos ofuscasse
Tentamos nos reerguer,
Fugindo da consciência que sempre carregamos,
Acabamos enojados de nossa falta de capacidade.


[Não sei se gosto, penso em abandonar as postagens por um tempo, tá ficando ruim...]

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A praga

Os dedos anestesiados
Incapazes de tocar o frio
Do gelo onde repousam
Insetos mortos, sem expressões

Na garganta, os tempos engasgam
Finitos; jogados às traças,
Cantam medos incompreensíveis
De lábios tremulos e inseguros.

Voam, tardios, dias claros
Paisagens de calmarias
Fogem para o horizonte
Apalpando caminhos sem volta

Galhos secos de árvores
Desprendem folhas sem rumo
Traçam sons desajeitados
Compõem sinfonias de perdição

Por sobre prados tristes
Sopram ventos arrependidos
Nas curvas desconhecidas da sombra
Escondem sua vitalidade

Pássaros de asas pesadas
Cantarolam requiéns tenebrosos
Pras almas, agora fechadas,
Sinceras, mas amedrontadas

Escurraçados os ricos de espírito
Escondem-se da maldição
A praga se espalha no mundo
Até quando estarão seguros?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os Cemitérios

As lembranças um dia serão papéis empoeirados,
pois o esquecimento é o destino das almas.
Estas seguem em marcha caminho às covas;
O cemitério corrói os corpos, mas às mantém virgens, intocáveis, sacras.
Os sepulcros, em filas, são obras de arte
Contam histórias que atormentam aos pobres de espírito.
No cemitério jazem as felicidades de outrora
E nele, morrem os que, ainda vivos, perdem à quem amavam.
Os mortos choram melancólicos a maldição hereditária
E os vivos derramam pêsames aos que se mantém de pé.
Agora é tudo sujeira à sete palmos.
Agora são todos cadáveres fedendo à clorofórmio.
As cruzes são crenças que não salvam vidas,
Os vermes nem fazem questão de agradecer o banquete, afinal.
Os túmulos são sempre paredes que não trazem proteção,
Nada pode perder aquele que já não possui a si mesmo.

sábado, 19 de junho de 2010

Sobre criar vidas mais felizes

Num só dia chorar todas as canções tristes que conheces.
Num dia lamentar, em detalhes mínimos, todas as desgraças das quais se recorda.
Sabes bem sobre o dia em que sua maior tristeza te consumiu,
Só não sabes ainda quando conseguirá sua vida de volta.
Sabes bem sobre o maldito dia em que conheceu sua pior dor;
Alguma existe maior que essa? - Não quer conhecê-la, então.
Mergulhas em solidão pois qualquer abraço não te tráz abrigo.
Mas esperas por um que tão bem te fará, que sorrirá como criança,
Mesmo que um dia, um outro tenha te roubado as esperanças mais ingênuas.
A mudança às vezes nos toma um tempo não possuímos.
E se, pros bons acasos a sorte nos falta,
Essa nos falta também no que tentamos conquistar.
Perdemos o direito de escolher entre o que queremos e o que vivemos,
Pensando que esta não é nossa vida.
Criamos vidas outras que trazem prazeres e felicidades inimagináveis,
Esperando um dia acordar numa delas, onde poderemos nos sentir novamente
Como nos sentiamos enquanto tudo era inocência jovial.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Cidade é Pedra

A cidade é pedra.
Finge que vive, mas é morta.
As estradas desenham tristes prédios
Que se mostram no horizonte
Como incógnitas cinzas
Para o estrangeiro que chega (nada bem vindo)
E que se vai com as luzes vermelhas.
A cidade é morta.
Cada pedra que se desgasta com o tempo
É uma lembrança que a memória perde
No céu cinza de finais de semana entediados.
A cidade é triste.
Cada casa é uma vida solitária
Daqueles que cortam ruas escuras
E que acabam num cemitério de flores falsas.
A cidade é cheia.
De pessoas, estradas, caminhos,
Monocrômias que assassinam florestas verdes,
Luzes infelizes que escondem montanhas azuis,
Suores que salgam a dignidade e a honra.
O prédio arranha o céu que é terra e fumaça,
O céu cujo vento empoeira as brisas do campo e as águas da fonte,
Vento que cobre o asfalto quente da estrada,
Cobre o carro, a igreja, a casa.
Um céu que nos lembra como é a vida na cidade.
Tráz no seu ar o horror inseguro da noite,
O cansaço exausto do dia,
O desanimo corriqueiro da manhã.
Faz com que sintamos todos os dias
O odor daquilo que não queremos ver
E que nos lembra de como é triste
Viver na cidade.

domingo, 6 de junho de 2010

Tenho medo

Pra aqueles que perderam todas as chances
a noite é um caminho sem volta.
Qualquer sono sem despertar,
Qualquer beco sem luz alguma,
Qualquer chama sem esperança.
Agoniza, agoniza,
O demônio abraça-te com força,
O único braço que te acolhe
Arrasta-te para o inferno.
Consegues ver o fim da estrada,
levando tua vida nas costas
A indiferença é o teu fim.
O esquecimento, no canto triste que é a angústia.
Todas as memórias são velhas,
Todos os filhos estão empoeirados,
Seus terços, sua fé, sua dureza morreram.
Agoniza, é o fim.
Dorme, morre, some, esquece.
Não há ascenção,
O olhar é profundo, mas não podes ver,
Dorme!
As árvores perderam as raízes,
Os pulmões clamam pelo ar,
Os amores não vivem mais;
Quereria, ainda, poder se arrastar
Por este chão ingrato que cheira à cadáver.
Não pode se expressar,
Grita, sem resposta, porque perdera os sentimentos.
Como?
Se já se acaba tua razão, o que te resta?
Agoniza - E essa dor existe?
Podes sentí-la, distinguí-la com clareza?
Teus caminhos tão exatos
agora são curvas sinuosas
E alguma razão existe?
Dorme, dorme e não acorda.
Tens medo, então dorme.


-
Bisavó
Inexplicável

terça-feira, 25 de maio de 2010

O que nós realmente sentimos

A alma escorre pelos ralos da consciência
Como a parafina que se derrete no fogo da desilusão -
Um naufrágo sem sobreviventes.
Quando o mundo exalta a imagem é que vejo o que há dentro,
As vendas nos olhos não nos permite enxergar a beleza de tudo que sentimos e que já se foi.
Os vermes se alimentam da prodidão,
Sabem da desesperança pelos olhos daquele que já desistiu de viver.
Não somos capazes de sentir o que está através da visão,
Resgatar a inocência de sonhos cristalinos é tarefa que não nos apetece.
Os ruídos cantam na mente; nossos pés se colocam a dançar.
Irmãos num choro desincronizado
Que sempre clama por proteção e atenção.
Esta é a harmonia da vida - não estima, ou imagem -
As necessidades se perdem quando temos o ser.


P.S.: Fiquei com dó de postar... não gostei muito.

domingo, 16 de maio de 2010

O Paraíso tem Câncer

No paraíso há um câncer;
Alguns o chamam inferno,
Prefiro que permaneça sem nome,
Assim, como todas as coisas.
É eterno, incurável,
Ataca os Deuses de seus ancestrais
Como o covarde que ataca seu irmão
Usando de sua de confiança em dar-lhe as costas.
Não há pra onde correr - O paraíso tem câncer.
As cinzas se lançam, suicidas, no precipício
As cinzas se lançam das nuvens,
Impuras, imperfeitas, almejam cair e morrer.
E nós queríamos que elas morressem e
desaparecem de uma vez de nossas vidas,
Queríamos que queimassem os resquícios
de inúmeros pecados que nos fazem tão mal,
Que ao amanhecer, não queremos ver nossas faces.
Mas, o Paraíso está com câncer,
E agora tudo é imperfeição, tudo é solitário.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A distância e a Saudade.

No horizonte, buscar por aquilo que está dentro de si.
Seria comum, até, não fosse o ódio que crias por si mesma.
A distância é a morte dos corações e a saudade é um último suspiro na noite dos solitários.
O repúdio por tudo isto haveria de matá-la, não fosse o suicídio prematuro que cometera, ao sentir o amor pela primeira (e pior) vez.
Cada sentimento é a morte da ânsia por ser. Cada ilusão é uma voz em sua cabeça,
Um novo espírito a quem não pode abraçar; Uma nova face sem reação, estagnada.
O ser se perde numa busca infundada de novas faces que tentam preencher um antigo retrato.
Tu conversas com fantasmas sem voz que nem ao menos buscam responder os seus "te amos"
Perde seus dias a encontrar memórias que não mais voltarão.
Mas o tempo passa rápido e o passado é a distância mais inalcansável,
Então, vale a pena morrer por algo que já está morto?
Vale a pena morrer antes mesmo de viver uma primeira e única vez?




NOTA:
As árvores, ao terem as raízes amputadas, ficam para sempre como eram antes de serem derrubadas.
Os homens são árvores, as formas são a consciência e a Raíz é a vida.
A memória é o que nos faz permanecer vivos enquanto formos recordados por nossos filhos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Todos os Seres Vivos não passam de mortos em potencial.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quatro paredes; Mil demônios

Quatro paredes; Mil Demônios,
Falta sentido, Sobra escuridão
- silêncio
Ânsia.
Morram, desejos! Morram, pensamentos!
A nuvem negra encobre o céu.
-Sumam!
Profundo,
Largo, Vasto, invisível.
A insônia é um eco na mente dos atormentados
Som intenso, longo diálogo.
-Se Quebra.
Embaçado, o espelho se espalha.
O reflexo, a porta, atravessar.
A paz é um esconderijo; encontrá-lo.
O sono foge, escorre, se equilibra, cai.
-Horizonte, a fuga.
Ao fogo, sonhos não mais,
Lembranças, morram! morram!
-Ininterrúpto.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pensamentos de Grupo

Tudo que há de fútil
Narram maravilha
Glorificam o inútil
O ouro já não brilha

O homem se perde
Ele não mais vive
Cego, agora segue
Dirige-se à queda livre

Morte a identidade!
No grupo é esquecida
A individualidade
A qual chamamos vida

Não mais conseguimos
Assimiliar o incomum;
A deriva seguimos
vamos à lugar nenhum.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A incoerência da vida nos sentimentos

Esperanças de se reerguer das cinzas caem por terra todo o tempo.
Os escombros soterram os sonhos. O dilúvio afoga a alma.
Uma phoenix capaz de se estinguir o faz com perfeição.
A agulha tece a dor na pele, como aquelas memórias que atormentam o sono
Antes de serem dissolvidas pela mente e se percam, esquecidas nos cantos escuros do espírito.
Abraço minhas angústias, as aqueço em meu peito, mesmo sem poder vê-las com clareza.
Um zelo pelo sofrimento me faz perecer e, ao mesmo tempo, me dá a sensação de vida plena.
A ânsia pela liberdade agora se apaga, uma antiga chama que se desfaz pela eternidade.
Perco a fé em tudo, perco a fé na ascenção,
O desespero vai sempre me derrubar, com uma rasteira mais forte que a anterior - O fracasso.
A incoerência corre pelos corredores da mente e a nostalgia faz-se vivas cores numa tela inacabada.
Sou isto; Uma dança de sentimentos incoerentes.
Uma melodia que recorda o tudo e o nada, num mesmo concerto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conway twitty - Only make believe

"As pessoas nos vêem em todo lugar
Eles pensam que você se importa;
Mas eu não posso me enganar
Sei que é tudo faz de conta

Minha única e maior oração é que um dia você vai se importar.
Minhas esperanças, meus sonhos se realizam, você, única;
Ninguém nunca vai saber o quanto amo você
Minha única prece é que um dia você se importará comigo
Mas é só faz de conta

Minhas esperanças, meus sonhos se realizam, daria minha vida por ti
Meu coração, minha aliança, Meu tudo, meu tudo
Meu coração eu não controlo, você domina a minha alma
Minha única prece é que um dia você se importará comigo
Mas é só faz de conta
Só faz de conta..."
Conway Twitty - Only Make Believe (eu que traduzi haha)

sábado, 17 de abril de 2010

Queremos Crescer

Peguei meu caderno e resolvi passar as coisas pro Computador.

Queremos Crescer
Ganhar e ascender
Ansiamos progresso
Sem mais retrocesso
Sem olhar pra trás
Sem voltar jamais
Não pisar em falso
Não ficar no encalço
Queremos crescer

Queremos crescer
Para sempre viver,
Queremos melhorar,
Vamos lutar e ganhar
Queremos ir contra
Seremos a afronta
Sem mais perecer
Queremos crescer.

Queremos crescer
Pra poder vencer
Astiemos bandeiras
Engenhemos trincheiras
Essa é nossa ação
É nossa Revolução
Iremos crescer,
Vencer e ascender.

Recordações

Recordo tempos passados
Sempres se tornam Jamais
Em pesar, sofro calado
Na falta é que perco a paz

Busquei nebuloso horizonte
Almejei no distante sorrir
Ansiava um futuro no ontem
Hesitar não houve em partir

Arrependo-me em amargor
Por ter-me ido e deixado
Aquele concreto amor

De um inesquecível passado
Que toda a saudade deixou
E agora está morto e enterrado

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Além-mundo

Ah! Se deixássemos a vida ainda vivos.
Ah! seríamos felizes! Cantarolando hinos, seguiriamos de mãos dadas, caminhando pelo paraíso.
Mandaríamos mensagens de amor e compaixão, estufando nossos peitos em alegrias e glórias.
Ah! Se deixássemos tudo isto pra trás...
Ah! Se pudéssemos dançar cirandas de mãos dadas uma vez mais...
Nossa inocência é tão breve.. Se vai com qualquer rastro de esperança juvenil.
Nossa beleza é tão rasteira e nossa existência é tão raza...
Somos perecíveis, frágeis.
Procuramos tantos sentidos que esquecemos de Ser.
Queremos acreditar, mas não sabemos no que.
Crescemos. Só acreditamos no nosso ódio.
A morte do inimigo é nossa única canção de vitória,
mas quem é o inimigo, afinal?
Queria deixar tudo isso pra trás, ainda vivo, olhar e poder sorrir.

We're all humans, let's start to prove it

terça-feira, 13 de abril de 2010

Os últimos

Somos dos fracos os últimos
Somos tudo aquilo que nos falta
Somos coragem por termos ódio
Daqueles que aventuram ser fortes.
Os que tentam ser melhores que nós.
Não queremos glória, Só justiça
A vingança contra os que esmagam
Queremos ser o que sempre fomos
E não ser pisoteados.
Atrás das cortinas aguardamos,
Algum dia chega nossa hora.
Por trás de máscaras nos escondemos
Mas o futuro pertence a nós
E nele, Seremos os últimos dos fortes.

---
Fui apenas o co-autor disto!
Agradecimentos ao Henri, que fez quase tudo :D

Fuzis e Cruzes

Vamos cruzar nossos fuzis
Vamos viver nosso amor verdadeiro!
Ver o sangue escorrer em ardor...
Vamos travar grandes batalhas
Com orgulho e morte patriota.
Vamos imaginar grandes vitórias
Assinadas por sangue inocente
Porque não somos mais.
Vamos refletir grandes guerras
Nos olhos de razões sem sentido e desejos fúteis.
Vamos nos alegrar em meio a noite
Sorrindo, bebendo o sangue
Daqueles que não lutam por si mesmos.
Venha, na linha de frente seremos heróis.
Na linha de frente seremos Deuses.
Na linha de frente vamos morrer por nosso ódio.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"And the Sex
And the Drugs
And the complications
BABY! did you forget to take your meds?"
- Placebo - Meds

Nostalgia, maldita

A cidade inteira parecia diferente.
Seu passado, fora queimado na lareira do tempo.
Os gritos pareciam ser mais histéricos.
As faces, mais marcadas que nunca.
A tristeza começara a se estampar em sua face....
Não havia o que fazer, afinal. Aceitar talvez.
Os velhos corredores possuiam paredes de outras cores e enquanto passava por eles, pareciam mais compridos.
Caminhar sozinho sempre foi a pior das coisas.
Mas quem haveria de caminhar ao seu lado?
Só os antigos fantasmas aos quais chamava de lembranças.
O gosto amargo tomava-lhe a boca;
O cheiro de amizades mortas pairava no ar....
Era assim, vivia de cadáveres.

MERDA!

A vida tem tantos momentos de maldição que as vezes fico meio perdido.
Uma dor de cabeça e no corpo.
Cigarros e um copo d'água gelada. (Isso nunca combinou, afinal)
Maldições, maldições.
Porque, de novo? Porque isto?
Porque os meus instintos me levaram a isto, de novo?
Escolhas, expectativas e frustrações.
Uma porrada de merda acontecendo e eu perdido.
Não é a decisão certa, caralho! Não agora....
Puta bosta! não era pra dar tudo certo?
E no fim, tudo dá errado, errado, errado.
Eu admito, porra! Eu gosto de você
GRITE GRITE GRITE!
Cheiros.. Gostos.. Sons..
Cenas incomuns cravadas na mente de qualquer medíocre.
Antes Gritariam nos ouvidos alheios: "Banal! Banal!"
A diferença sempre foram as circunstâncias;
Ações que causam asco;
Ânsia de vômito?
Não podia ser comum, Não pra mim.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Vitórias Passadas e Fracassos esquecidos

Nos recusamos a ver
Aquilo que nos assusta;
Outra opção escolher
Pois o fracasso ofusca
O brilho que novas glórias
Poderiam assim trazer

Ignoramos as chances
Os prêmios por merecer;
Pelo medo que antes
Deixou-nos a perecer
Estarrecidos perante
Obstáculos a ser quebrados
O susto toma a semblante:
Ficamos estagnados.

Lembranças e histórias
Um dia hão de se perder
Em meio a nossas memórias
Que tentamos preencher
Com ricas alegrias passivas
Pelas quais nos vangloriamos
Mesmo não estando vivas;
De novo comemoramos
Uma mesma conquista

Um rejuvenecido feito
Deixa-nos maravilhado
Batemos c'orgulho no peito
Com queixo bem levantado
Cantando vitórias passadas
A felicidade é presente
E as tentativas frustradas
Apagadas de nossa mente.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

I Luv I Jah

"Peace and Love...

Walking down babylon lane, Trying to live my life in peace.
Two young men call me not their brother, try to make me feel ashamed.

But I love I Jah yeah, He tells me not to be that way.
I love I Jah, yeah, I gotta keep my PMA.

My lovely sister, judge me by my clothes, yeah.
Only to learn of her mistake, not everyone's alike.
We're not all a uptight. Ah! no fuss no fight.
Cool that way, cool that way. I luv I Jah."
I love I Jah - Bad Brains

domingo, 4 de abril de 2010

Apenas os cegos estão dispostos a crer naquilo que não pode ser visto.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Colecionador de Fracassos

O frio cortava, mesmo que o Sol queimasse impiodoso sobre o asfalto daqueles dias monótonos.
Talvez fosse a solidão, que soprava voraz contra sua face.
Um dos maiores conhecedores desta angústia sempre fora ele mesmo,
Então, não era de se espantar este sentimento corriqueiro.
Sentado, tentava encontrar sentido pro frio, pra solidão, pro pessimismo..
Um colecionador de fracassos, apesar do pessimismo. É um prêmio pelo qual pode-se gabar.
Não há nada incomum em tentar fugir destes sentimentos, mas a rotina é como caminhar em círculos.
Aliás, o único caminho circular onde consegue-se se perder, é o dia-a-dia.
Com frequência, ele sabia bem como se perder na sua rotina
E, mesmo se perdendo, acabava sempre frente a frente a novas derrotas.
Alcançaria ainda o perdão, não fosse o fato de que não nascera em épocas de ignorância ou de preconceitos mortais contra um de seus defeitos mais eminentes.
Não haviam razões, ou motivos, apenas nascera sem sorte;
Era mais um, mais um no mundo que não tivera sorte.
Se fosse mais esperto, encontraria seu perdão no azar que lhe perseguia...
Mas quem haveria de crer num idiota afinal?
Apenas continuava só e com frio... Era sua sina.



[Desculpe, mas não sei mais fazer meus pensamentos não ficarem confusos...]

domingo, 28 de março de 2010

Trecho Bíblico

Bom, começo este post com um pequeno aviso:
Não sou religioso, pelo contrário, não acredito em nada que seja fundamentalista o suficiente pra cegar outras verdades que a vida possa nos apresentar.
Porém, frequento a igreja aos domingos, por influência de minha mãe, para agradá-la e além, acho muito bom o sermão que um dos Padres da igreja faz, apesar dos fiéis não darem realmente alguma atenção.
Sendo assim, postarei um trecho que foi declamado hoje, achei muito bom.
É um trecho da paixão de Cristo, segundo São Lucas.
Primeiro, não estou propagando, de forma nenhuma, uma religião.
Segundo, mudei algumas palavras por que tinha algumas que considerei um tanto quanto complexas.
Obrigado, desde já!

"E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam.
Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.
Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!
Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e às colinas: Cobri-nos.
Porque, se à árvore verde fazem isto, que se fará à seca?"

sexta-feira, 26 de março de 2010

Palavras são só idiotices

Porque dizer algo se não há quem te escute?
As palavras tem um costume estranho de ecoar quando alguém diz algo que realmente seja importante...
Tudo isto é tão estranho!
Porque insistir em palavras marcadas que só te levam para a foça?
Porque tentar conversar com pessoas que não possuem ouvidos?
Sua verdade é maior que a minha, não é?

segunda-feira, 22 de março de 2010

1/4

"Se o tempo hoje parasse ou então não mais vivesse
Estaria me traindo ao pensar que o tempo pararia
se meu coração não mais batesse."
1/4 - Biquini cavadão

domingo, 21 de março de 2010

O erro da maioria das pessoas é depender dos outros e reclamar de sua falta de liberdade

sábado, 20 de março de 2010

Certo Sábio soprou aos meus ouvidos: "Triste, meu caro, é saber que nem todo aquele que é jovem ainda, amanhã velho será".
Aguardo ansioso pelo dia em que meus fins de semana não serão condenados ao tédio...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Falha é qualquer tentativa que não está embasada na Vontade e na Crença da vitória.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sentido

As paredes, como sempre, me massacram com seu olhar maldito.
Janela fechada - O mundo la fora.
Coisas, pessoas e memórias correm desenfreadamente,
Destino algum se traça em seu caminho, apenas continuam...
Cegos, Cegos aqueles que correm contínuamente e sem sentido..
Cegos os que Vão em busca de Nada.
Vão, se vão em vão. Contínuamente numa lacuna de objetivos.
E eu, em mim, páro. Estagnado, sinto meu ser.
Sei que sou, Estagnado, sinto.
E fico! Daqui vejo tudo.. Evitando fugir ao nada.
E parado, sei. Também sinto a falta do sentido e do sentimento.
Sinto que sei ser todo aquele sentido que nos falta...

domingo, 7 de março de 2010

Cotidianos

Andei muito, sozinho e pensativo pelas trilhas escuras que se estendem como caminho até minha casa.
Muitos pensamentos atormentam minha mente, dentre eles, o medo nunca foi algo que se destacasse...
Estranho! Essas ruas parecem exalar o medo, ou seria o que a face das pessoas transparece - Não que seja infundado -
Aliás, hoje devia ter passado por meus pensamentos algum certo temor indefinido, mas não me abalo muito com estas coisas.
Caminhando por uma rua fui parado por dois caras, má sorte foi a deles eu diria... Eles queriam tudo, mas o que levo comigo é sempre o nada.
E assim cada um pro seu lado, continuei pelos mesmos caminhos marcados que me levam todo dia até meu prezado descanso.
Colocando meus pés perante a entrada, abri os portões, o que obviamente é uma rotina.
Senti um peso na consciência, sem motivos, não sei.
senti o peso nas pernas, também, uma dor latejante, estranha e chata. Acho que andei sozinho demais, meu corpo e mente estão meio pesados.
Deitei minha cabeça no travesseiro e só conseguia continuar com os mesmos pensamentos sem nexo.
Deitei minha cabeça como se fosse conseguir descansar, mas sabia que não ia.
Sei que quando eu apago em minha cama não é o fim, e também sei que amanhã vai ser igual.
Mesmas ruas, mesmos pensamentos, mesma falta de nexo.
É o meu cotidiano.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Se você tem raiva, Eu sou a válvula de escape.
Se algo da errado, Eu sou o culpado.
Se você não consegue algo, Eu te atrapalhei.
Se você tem um problema, Sou eu.
Agora tá na moda!
Aponte o dedo na minha cara, você também!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Foda-se

Cansado do mundo, de tudo, Me recuso a aceitar a maldição social do estereótipo.
Tento esquecer tudo que já vi, já senti, Acreditar nesta amizade que me poe pra cima.
Quantas vezes fui injustiçado por erros alheios e a falsa culpa que avassala minha moral?
Cai de joelhos tantas vezes perante meu ser.. Parei tantas vezes em frente ao espelho e tentei pensar em ser o que sou.
É difícil aceitar. É difícil alcançar. É difícil ser.
Mas eu nunca vou desistir, porque até aqui eu consegui chegar..
EU NÃO QUERO SER ACEITO POR NINGUÉM. SOU ASSIM, CARALHO!
Não vou ser igual pra preencher suas expectativas idiotas e seus ídolozinhos instantâneos inúteis e incapazes.
EU SOU EU! E vou continuar sendo.
Foda-se!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Abandonei tudo isto por uns tempos.
Em breve eu volto.

Recomendo:
Depression - Black Flag

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Em pé, Orgulho

Manter-se em pé perante humilhações públicas;
Ser rejeitado por crenças próprias e ter orgulho;
E assim manter o peito aberto pra novos sentimentos,
Sem esquecer aqueles que lhe apresentaram
Novos pensamentos e pontos de vista, a sabedoria.
Creio no impossível, na mudança, no futuro,
Caio em solidão total mas não me deixo abater;
Cabeça erguida, aceito as derrotas e aprendo
Continuo e luto por aquilo que creio,
Luto pelos que amo e sei dos meus desejos
Continuar, Continuar, caminhar, Ascender.

(depois corrijo, é só uma inspiração.)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Solidão e o Não Ser

Mais uma vez estou sentado, olhando para o nada...
Aliás, em uma metáfora eu diria: "Outra vez vejo diante de mim o inferno".
Mas até me acostumei, já. Minhas paranóias, medos, fantasmas, demônios.
Mais uma vez uma noite quente vem me encher com este vazio e esta angústia...
É assim que tenho vivido: Finjo sorrisos amarelados mas, por dentro estou vazio, estou podre.
Minha alma tende sempre a sofrer pelos erros do meu corpo,
Minha imperfeição gera minha ruína.
Assim, tento inutilmente transcender todas as barreiras que a vida me impoe;
Me frustro, me mato aos poucos.
Não queria estar sempre aqui. Não queria ser o único a estar aqui, pelo menos,
Porque aqui nunca poderei ser quem realmente sou;
Até porque, o que sou afinal?
-Um ponto insignificante num mundo azul, estranho e desenfreado;
O nada perante os portões do vazio, da solidão, do não ser.
Ou é isto, Simplesmente Não Sou.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Something to believe in

"I wish I was someone else
I'm confused I'm afraid I hate the loneliness
And there's nowhere to run to
Nothing makes any sense
But I still try my hardest
Take my hand
Please help me man

'Coz I'm looking for something to believe in
And I don't know where to start
And I dont' know where to begin, to begin"
O resumo de tudo,
Ramones - Something to believe in


"Sem a música a vida seria um erro" - F. W. Nietzsche

Mediocridade, tédio, angústia e desesperança

Através do olhar dos dias
O fogo faz estalar os galhos das árvores
As cinzas caem pela manhã,
E os prédios encobrem o Sol nas tardes.

Entre os feixes de luz,
Pedidos e orações,
Os cegos se vangloriam
Por ouvir novas canções;

Boas canções foram esquecidas
E as mães agora choram,
Os filhos fogem na noite
Enquanto multidões oram.

Como os assassinatos e o terror,
As sombras se espalham nas ruas
A compaixão já não vale nada,
A morte cai como as chuvas.

A angústia apodrece os sonhos
Até só restar o medo,
Fumaça nos céus, lágrimas nos olhos,
A morte vem cedo.

Todos se matam por dinheiro,
Punhos sujos, enrugados
Os Cães latem raivosos
Os humanos com risos amarelados

Os gritos de dor ao fundo,
não tão mais distantes
Seus heróis estão mortos
deixou correr suas chances

O cálice esta quebrado
E há sangue por toda parte,
As almas caminham leves,
E carros em alta velocidade.

----
Old, muito old.
Algum dia de 2006

Sonhos Perdidos

As marcas, pecados cravados no sangue
Onde corre a desesperança;
Se arrastar através das ruinas
Da antiga fé por mudanças

Fragmentos dos sonhos agora esmagados
Injustiça empregada a escória,
No lamaçal da desilusão,
Gerada por um futuro de inglórias.

O sangue mancha as vestes,
o Homem tem seu Destino traçado
Desde o princípio, o berço
Nascido, já desgraçado

A Solidão é o seu refúgio
Esconderijo em meio as sombras
Nos escombros do que foi um homem
que agora não mais se encontra;

Seus Esforços
Nunca serão recompensados
Os fatos com o tempo
Se tornarão obsoletos

Os seus olhos
Secarão, cansados,
Perante os sombrios
E gélidos pesadelos

De abismos de fracassos
Derrotas e dias nublados.

E assim, o fim.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Os homens não ousaram ser pessoas mais alegres por puro medo [...]
Era cedo pra sonhar"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quando tudo isso acaba?
Quando o inferno sai do meu quarto e meus demônios caem no sono?
Não aguento mais.. Não aguento mais.

sábado, 16 de janeiro de 2010

"Duardo Ravera"

"A morte cruza nossos caminhos"
Triste escrever mais um texto começando por esta frase.
Os conceitos de justiça caem por terra.
Grande homem, triste fim.
Tudo aquilo que tanto me influencia,
Tudo aquilo que sempre me ensinou a ser quem sou,
Vejo acabar pela segunda vez...
Os bons morrem jovens, diziam.
tento acreditar, fazer com que reste a fé,
mas a única certeza: Foi desta pra melhor
"Se o mundo fosse bom o dono moraria nele"
Segundo suas próprias palavras.
Obrigado por me ajudar a me encontrar, através da arte,
Num tempo de angústias e indecisão.
A saudade que fica dos antigos tempos
Agora parece ser eterna.

-Jaz do outro lado um dos meus grandes ídolos.
Descanse em paz, Eduardo Feltrin

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Justiça

Infame seja o nome daquele que difere-me insultos;
Temo que a verdade sobre minha essência
Seja a negritude de verbos asqueirosos que desatinarem destes lábios.
Que impune não fique aquele que me agride;
Temor tenho em imaginar que possa eu,
Ser o primeiro a atirar as pedras da incompreensão humana;
Em verdade, que me corroa a alma
A ânsia por ser o justo e o sábio;
E que assim, a bondade aja plenamente em meus atos

domingo, 10 de janeiro de 2010

Estar Além

Mesmo que a insanidade esteja distante
Minha mente teima não ficar presa a estas paredes..
Porque meus passos sempre caminharão à frente
Meus olhos sempre viajarão o horizonte
E minha face sempre poderá sentir o frescor das brisas que meus pés não puderem alcançar

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Viver condenado

"Se arrastar no mundo em troca de migalhas
Vida sem motivo, Sonhar sem esperanças
Vagando entre pessoas que não te enxergam mais
Viver é Agonia, Morrer é seu descanso

Solidão; Insanidade; Exclusão; Sociedade;
Desiludido, encurralado - Melhor morrer que viver condenado."
Agrotóxico - Viver Condenado
Hoje é dia de beber..
é dia de filosofar :)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A Verdade e o Medo

O medo nos faz crer em coisas
As quais, sóbrios, nossos olhos julgariam ridículas.
A que ponto chegamos por sermos covardes?
O quanto eu me enganei pra chegar até aqui,
Me ludibriando com inúmeras pseudo-glórias
Que me fizeram rumar até o abismo da desilusão..
Mas este Oasis que tanto esperamos chegar
É sempre um miragem inalcansável.
E quando nos depararmos com o muro da verdade
Seremos realmente fortes pra tentar atravessá-lo,
Ou regressaremos a mediocridade cotidiana?

domingo, 3 de janeiro de 2010

Otimismo

O Otimismo é um caminho estreito e direto à Frustração