Num impulso infinito de fome,
Quis a vida em sua beleza única.
Mas a ambição é uma sensação ambígua:
Engrandece e oblitera as belezas conquistadas.
Em minha cegueira intermitente
Vi que o vigor escorria por entre meus dedos;
O sorriso se fechou prontamente,
Esperei que um dia se abrisse,
Enquanto meus dentes apodreciam.
Esperanças se foram,
Como aves negras de olhos fundos
Que descobrem na noite, o horizonte mais longíncuo.
Acordei com as palpebras fechadas;
O frio estalava os cômodos empoeirados e o
Suor me escorria, mesmo que batesse o queixo.
A noite ladrava vil pelas ruas
Infinita, inoportuna e triste.
Restava a carcaça de meu corpo solitário,
Sem luz e sem vontade,
E o nada, que preenchia o tudo.
Por muitos anos estive ali,
No topo de minha torre esquecida.
Por muitos anos quis você,
Mas diante da tristeza, os dias se arrastaram
E almejar algo é matar a verdade do tempo.
O cruel esquecimento não veio à minh'alma
Nem veio a tempestade limpar a consciência.
Então continuei sempre à deriva...
Cego e faminto, espero o nunca.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Cruel Realidade
No inferno em que me prostro
é que sinto a verdade correr meu sangue.
O inferno é onde moro
E a verdade são estes sete palmos de terra
Sobre meu túmulo solitário.
Mesmo que insignificante
E massacrado pela consciência de viver em prol
De algo que não mais me completa,
Continua firme este meu cárcere.
Muros altos, portões trancados,
A verdade é nua e crua;
Pornografia ofensiva
Aos olhos dos inocentes.
Corrompendo as mentes,
E abusando da felicidade vã,
A verdade é um mar de frustração
Pra onde corre o rio da vida.
Mesmo que ignorante
Diante dos Grandes Deuses ternos,
Ainda sei sentí-la (real).
E ela corrói, machuca
Queima a pele e os olhos
Do inferno em que me prostro,
E do Céu que um dia anseio,
Sabe ser real como nenhuma mentira.
É a verdade, matando e mutilando
Meus sonhos toscos e voláteis.
Sincera.
Sou o Deus da falta de sentido,
No altar da insignificância,
Diante do que é real
E com medo do que não é;
É a verdade. Nua, crua e cruel.
[não sei se gosto disso...]
é que sinto a verdade correr meu sangue.
O inferno é onde moro
E a verdade são estes sete palmos de terra
Sobre meu túmulo solitário.
Mesmo que insignificante
E massacrado pela consciência de viver em prol
De algo que não mais me completa,
Continua firme este meu cárcere.
Muros altos, portões trancados,
A verdade é nua e crua;
Pornografia ofensiva
Aos olhos dos inocentes.
Corrompendo as mentes,
E abusando da felicidade vã,
A verdade é um mar de frustração
Pra onde corre o rio da vida.
Mesmo que ignorante
Diante dos Grandes Deuses ternos,
Ainda sei sentí-la (real).
E ela corrói, machuca
Queima a pele e os olhos
Do inferno em que me prostro,
E do Céu que um dia anseio,
Sabe ser real como nenhuma mentira.
É a verdade, matando e mutilando
Meus sonhos toscos e voláteis.
Sincera.
Sou o Deus da falta de sentido,
No altar da insignificância,
Diante do que é real
E com medo do que não é;
É a verdade. Nua, crua e cruel.
[não sei se gosto disso...]
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
A Falta de Significado
Arranco meus olhos na madrugada,
O sangue jorra sem cor nenhuma.
Minha cabeça maldita não vai parar,
Que venha a lança vil atravessar meu lado.
Essa doença está degenerando minhas células,
Nascemos pra morrer, afinal.
Definhamos; Somos insignificantes,
Imploremos perdão, sucumbamos na hipocrisia!
Me deito no caixão,
Por favor, feche minhas pálpebras.
Que vida há de crescer alegre
Neste solo infértil que é o mundo?
Vomito a vida pra fora do meu corpo.
Se me amas, Deus, não me deixe viver mais.
Se amas teu filho, Justo, acaba com tudo.
Que o veneno da víbora traiçoeira toque meu coração,
Desça o apocalipse na cabeça da humanidade!
Acaba com minha angústia, morte!
Adentra minha carne; Me liberta eternamente!
Não posso dormir à noite,
Se for acordar pra ver mais um dia.
Embala meu sono, fim dos tempos.
Nascer na inexistência
É mais gratificante que existir sem sentido algum.
O sangue jorra sem cor nenhuma.
Minha cabeça maldita não vai parar,
Que venha a lança vil atravessar meu lado.
Essa doença está degenerando minhas células,
Nascemos pra morrer, afinal.
Definhamos; Somos insignificantes,
Imploremos perdão, sucumbamos na hipocrisia!
Me deito no caixão,
Por favor, feche minhas pálpebras.
Que vida há de crescer alegre
Neste solo infértil que é o mundo?
Vomito a vida pra fora do meu corpo.
Se me amas, Deus, não me deixe viver mais.
Se amas teu filho, Justo, acaba com tudo.
Que o veneno da víbora traiçoeira toque meu coração,
Desça o apocalipse na cabeça da humanidade!
Acaba com minha angústia, morte!
Adentra minha carne; Me liberta eternamente!
Não posso dormir à noite,
Se for acordar pra ver mais um dia.
Embala meu sono, fim dos tempos.
Nascer na inexistência
É mais gratificante que existir sem sentido algum.
Marcadores:
Inexistência,
insignificância,
Morte
domingo, 2 de janeiro de 2011
Ano Novo, de Novo
Sem planos, de novo
Sem objetivos, nem sonhos
Vai ser pra sempre assim?
"...É tudo cópia, de uma cópia, de uma cópia..."
Ano novo, sonho morto.
Sem objetivos, nem sonhos
Vai ser pra sempre assim?
"...É tudo cópia, de uma cópia, de uma cópia..."
Ano novo, sonho morto.
Assinar:
Postagens (Atom)