domingo, 7 de março de 2010

Cotidianos

Andei muito, sozinho e pensativo pelas trilhas escuras que se estendem como caminho até minha casa.
Muitos pensamentos atormentam minha mente, dentre eles, o medo nunca foi algo que se destacasse...
Estranho! Essas ruas parecem exalar o medo, ou seria o que a face das pessoas transparece - Não que seja infundado -
Aliás, hoje devia ter passado por meus pensamentos algum certo temor indefinido, mas não me abalo muito com estas coisas.
Caminhando por uma rua fui parado por dois caras, má sorte foi a deles eu diria... Eles queriam tudo, mas o que levo comigo é sempre o nada.
E assim cada um pro seu lado, continuei pelos mesmos caminhos marcados que me levam todo dia até meu prezado descanso.
Colocando meus pés perante a entrada, abri os portões, o que obviamente é uma rotina.
Senti um peso na consciência, sem motivos, não sei.
senti o peso nas pernas, também, uma dor latejante, estranha e chata. Acho que andei sozinho demais, meu corpo e mente estão meio pesados.
Deitei minha cabeça no travesseiro e só conseguia continuar com os mesmos pensamentos sem nexo.
Deitei minha cabeça como se fosse conseguir descansar, mas sabia que não ia.
Sei que quando eu apago em minha cama não é o fim, e também sei que amanhã vai ser igual.
Mesmas ruas, mesmos pensamentos, mesma falta de nexo.
É o meu cotidiano.

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