segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Lágrimas de Inverno




Sejam bem vindas as lágrimas
Para o espetáculo que é a noite;
Que me façam solidária companhia
Em solitário claustro que me guarda.
Os próximos agora distantes,
Pelos próximos anos que aguardam
Meus dentes cansados de ranger
De bater uns contra os outros dentre pesadelos.
Devaneios dominam minha mente,
Ainda não sei fazer música,
Quase todo dia vejo teu rosto,
Tão distante quanto a infância
Bela pela inocência, pela falta da dor,
Pela não-angústia, pela espontaneidade;
Admirando-o por ser belo e triste.
Falta em meus braços companhia.
Faltam em meu rosto sorrisos?
Jamais! O vazio é suficiente,
Por apetecer tão sinceras lágrimas.
Espero que lavem meu rosto,
E que nelas reflita o futuro.
Em sonhos banharão também de alegria a vida;
Olho para todos os lados,
Me apaixono, as vezes, por qualquer garoto,
Mas admiro você, ainda,
Por perder com tamanha graça,
Que pobres de espírito se engasgariam.
Admiro você ainda, depois de tantos anos,
Por lágrimas de beleza aquela,
Que medíocres como eu jamais chegarão perto
De saber como é tocar com seu pobre calor humano.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Solitude

"If you look, you'll see that
I'm a lonely one..

Lost my soul deep inside,
And it's so black and cold..

The sun won't shine,
The wind won't blow
Alone, deep inside.."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Isolamento

Cortai o mal pela raiz.
Cortai pela raiz a alma
Arranca-a de dentro,
Com calma e olhos abertos.
Presente o desespero,
Nos Suicidamos num impulso de Vingança,
Fizemos de nós os assassinos de nós.
Ânsia de justiça, ou de vômito, de que importa?
Sejamos, agora, os vermes na carne.
Apodreçamos, deixemos os ossos pra trás,
Apodreçamos, abandonemos nossos pulmões.
Faltava a Fome, Faltava o Ar,
Cai para aprender a vida.
Cai para aprender a maldita vida.
Meu medo nasceu da calma,
Do desespero que a calma possuía,
E a calma possuída me lançou ao abismo.
Em queda, ainda, desertei meus traços
[E os braços, E os Escassos Abraços].
Meus tímpanos não suportaram,
Sangram-me nos travesseiros até o presente momento.
Me escondi, embora esteja vivo,
Me refugiei,
Onde os pássaros se abrigam quando tem as asas arrancadas;
Mas não venha me buscar, nem bata à minha porta,
Agora, não quero mais nada que venha de fora,
Só quero que me deixem descansar.


"Some people get high,
With a little understanding

I want More!
And I need all the love that i can get to.
Do you get scared to feel so much?
To let somebody touch you?
So hot, so cold,
So far, so out of control"
Que aperto no peito...
Tudo parece que vai desabar,
E com o mundo, meu coração.


Estou cansado; Queria pedir perdão pro mundo,
Acho que fiz algo de errado -
Talvez eu tenha traído vocês, talvez eu tenha feito isso.
Toda porta que eu entro, é uma pedrada que eu levo.
Eu ando pra frente, e o chão é uma esteira;
Eu volto e volto e volto.
Eu me levanto de um tombo, alguém me puxa pra baixo;
Viro o rosto, pra outro tapa.

Eu não fiz nada pra vocês, por favor.. Me deixem em paz.
Por favor, eu imploro! Por favor...
É sério, por favor. Parem com isso, dói de verdade...
Por favor... Por favor.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Seu Ódio Me Sufoca

Estou enclausurado,
No meu quarto, no meu corpo;
Preso.
Atado à existência mediocre em que me encerro
Vocês sabem como me sinto, não é?
Não... Eu sei, pra vocês é fácil,
Quando cospem o seu ódio em meu rosto desfigurado,
Quando apagam o cigarro em minhas feridas,
É em mim que vai doer, no final, só em mim,
Vocês estão tão satisfeitos...
Coloco um sorrisinho na cara,
Bem pintado de amarelo, e abro a boca em sangue,
Com os dentes apertados faço um último pedido
"Morda a maldita lingua!"
E o teto vem desmoronando, e a chuva lava a alegria,
E choro olhando pela janela as pessoas passarem;
Como é que são felizes? Como é possível?
Meu olhar perde o foco, caio de joelhos;
Sonhei um fim magnífico com fogos de artifício!
É isso que vocês me dão.. Mesquinhez, egoísmo.
Deito meu corpo, exausto, doente, esquálido;
Deito meu corpo, não suporto o peso;
E tudo que conquisto é mais uma derrota.


"So, Please, please, please
For once in my life
Let me get what i want this time.."

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sobre Borboletas

"Ouvi dizer que borboletas vivem só um dia, será que é verdade?" -
Ela lhe pergunta.
"Não sei, mas elas vivem para o momento em que serão borboletas,
Então não é necessário que o sejam por muito tempo, tendo alcançado o ápice de sua existência, acho que é isso"
Ele se sente esperto.
"Queria ser uma delas.."
"Você é a minha borboleta, por essa noite, e é a mais linda de todas"
Ela sorri.
No fim do dia ele sabe que ela se vai; Sorri, mas chora por dentro.