quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Solidão e o Não Ser

Mais uma vez estou sentado, olhando para o nada...
Aliás, em uma metáfora eu diria: "Outra vez vejo diante de mim o inferno".
Mas até me acostumei, já. Minhas paranóias, medos, fantasmas, demônios.
Mais uma vez uma noite quente vem me encher com este vazio e esta angústia...
É assim que tenho vivido: Finjo sorrisos amarelados mas, por dentro estou vazio, estou podre.
Minha alma tende sempre a sofrer pelos erros do meu corpo,
Minha imperfeição gera minha ruína.
Assim, tento inutilmente transcender todas as barreiras que a vida me impoe;
Me frustro, me mato aos poucos.
Não queria estar sempre aqui. Não queria ser o único a estar aqui, pelo menos,
Porque aqui nunca poderei ser quem realmente sou;
Até porque, o que sou afinal?
-Um ponto insignificante num mundo azul, estranho e desenfreado;
O nada perante os portões do vazio, da solidão, do não ser.
Ou é isto, Simplesmente Não Sou.

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