segunda-feira, 23 de maio de 2011

Claustro

Todas as vezes em que eu sorri,
Sentimento volátil - Inspire, inale.
Era tão fácil esmagar estes meus dentes
Entre os pés brutos de sua maldade infinita.
Ah! Como eu quis!
Como eu quis naquelas tardes
Me olhar no espelho com ternura.
Meus olhos insistem em sangrar
Tão negros, tão impuros, assustados.
Meu corpo na fogueira.
Minha sede insaciada.
Me debatendo, a pele dilacerada,
Defecando pelo meu maldito corpo,
Tamanho o medo desta vida inútil!
Nada abrange estes meus vícios...
Todos os defeitos apontados -
Os cães vadios ladrando,
Mordendo seus próprios rabos.
Desgraçados! Que morram todos!
As narinas exalam sangue,
Até morrer de hemorragia,
Meus lábios rachados de tão secos
Amaldiçoam tuas belas esculturas.
Arquitetônicas, minhas pernas bambas
Tão prestes à ruir.. Uma vida inteira à ruir.
Não me mostrem seus dentes amarelos!
Este pássaro sem asas,
Tão incapaz de cantar.
Neste claustro escuro,
Sem chance de Ser.
Agoniza, Agoniza, agoniza...

"Godless
Feeling
In me,
I Couldn't Love it anymore,
I Couldn't Take it anymore,
So You Leave me,
Godless "

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