domingo, 1 de maio de 2011

Amores de Gato

Minha gata se aproxima do pé da cama.
Meu corpo estirado, semi-morto
(Oh, como desejava que os quases não existissem!)
Jogado nas cobertas desarrumadas.
"Venha cá gatinha, venha cá"
E ela pula, e mia de mansinho,
Em minha mente ela me diz:
"Não consigo me esquecer, Bruno,
Das noites em que me deitei entre suas pernas"
Mas no fundo, é só um grunhido.
Se aconchega ao meu lado e massageia minha barriga
(Suas unhas incomodam um bocado).
"Aconchegante, não?"
[Nota mental: Gatos não entendem sua lingua, Bruninho]
Queria questioná-la, saber qual o sentimento
Que ela ainda mantém para com a minha pessoa.
Há quanto ninguém dura tanto tempo ao meu lado?
Ela vira-se e se deita.
No fundo, só ela sabe que meu corpo ainda é quente.
"E você ainda é capaz me tirar sorrisos, danadinha!"
Ela parece sorrir para mim, então, sorrio para ela.

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