quinta-feira, 14 de maio de 2009

Os sonhos das noites mais frias

Obrigado, ele diz,
depois sai para caminhar, pensar..
sai não em busca de uma razão, mas sim da loucura.
Não há nada mais a se procurar, só o que se perdeu.
Os bares vazios, os bolsos vazios e a cabeça vazia..
Seu corpo está leve como nunca esteve...
Ele caminha passo por passo, um de cada vez
e observa como é belo o show de luzes..
Se esquece dos sons, só as Cores..
Amarelo bem claro à esquerda, vermelho no horizonte, ao fundo, na direita
e a luz verde que reflete nos carros que passam ao seu lado..
Acende um cigarro e repara como está tudo lento e como as poças d'água fazem a luz dos postes ser tão contínua no chão.
Senta-se e observa como está bela a noite.
Fazia anos que não via uma noite tão simples e tão bela..
A chuva volta e lava sua alma, apagando assim, o cigarro, que ele lança na poça..
Levanta-se e vai para um caminho tão abstrato quanto esses sonhos de noites frias..

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