sábado, 2 de maio de 2009

O teatro da existência

O sangue e a água lavam o chão.
De vestes pretas, as almas dançam, não mais tão saltitantes.
No fundo da total penumbra, o cinza que toma conta dos olhos é banhado ao som dos violinos.
A palidez vem corrompendo a semblante, até que a matéria já fria tenha pregada a sua ultima emoção, Expressada, talvez sorriso, ou lágrima.
Vil fortuna, triste destino. Desatina no desfalecimento da peça.
Sem mais espetáculo as cortinas se fecham lentamente.
Triste marionete, jogada ao canto, coadjuvante na dança das almas.
No enegrecer da vista, se imerge o vazio do não existir.
E viveram tristes, mesmo sem acreditar em eternidade.

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