domingo, 16 de setembro de 2012

Os Corvos

Ousados seriam aqueles dias,
Por carregar em si os nomes
De aves negras à tomar os céus.
Tais mãos quebrariam o gelo;
Tocariam meu corpo de forma dócil,
Correriam por minha face desanimada,
Arrancando males pela raiz.
Dias outros se fazem clarear,
O Sol já não nasce na hora certa.
Somos frágeis, agora. Velhos e frágeis.
Desfrutando de moedas falsas,
Admirado artistas sem camisa,
E nos esquecendo dos antigos sabores de doces.
Vale a pena começar a andar
Só pra deixar as palmas das mãos em carne viva?
Já não sei dizer..
E tudo bem não acreditar em mim,
Mas por favor não estrague esta minha noite.
Tudo estava indo nos conformes,
Pratos cheios e dois dias sem álcool,
Alegrias e conquistas efêmeras..
Quando chegaste carregando nos bolsos
Verbos ásperos e punhos cerrados.
Tudo estava correndo bem..
E assim se completariam dois dias
Sem alimentar nenhum tipo de vício profundo;
Mas estes verbos.. Escrevo no passado.

"Couldn't love it anymore
Had to listen to my heart
Couldn't take it anymore
So you leave me...
Godless..."

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