terça-feira, 23 de junho de 2009

Perdão, meu amor, perdão.

Quais os motivos para nadar quando a certeza é de que vais morrer na praia?
O meu castelo de areia se desmorou e eu sei que não tenho força pra aguentar esta dor.
Areia... Areia, meu ser, se desmanchando tão fácilmente em tuas águas..
Fui vulnerável.. Vulneráveis demais estes meus muros.
E agora é que nada faz sentido. Nada. Nado pra morrer na praia.
O que resta, escombros de meus sonhos às margens deste oceano.
Me descartei por uma face que se desmanchou com as ondas.
O quão forte fui até que visse a verdade?
Tão forte. Tão cego. Deixei-me levar por tua corrente...
Mas agora tuas águas são muito gélidas pra mim.
Frias, como este entardecer.
Meu coração de gelo. Frio.. Frio agora sinto.
Minha face se faz pálida. Sem cor...
E se eu dissesse que me arrependo por tudo, me concederias o perdão que tanto anseio?
Perdão.. Perdão.. Meus joelhos estão fracos demais.

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