quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Pecador de Carne e Osso

Para as mãos do Pecador de carne e osso
Todos os crânios e fêmures medem milímetros.
Os erros à Ele nutrem. Alimentam Su'Alma.
Não clamarão como passado. Sequer calarão
O calafrio noturno da sinfonia dos não-nascidos.
A noite em claro da desgraça eminente e o aguarde pelo bote da inexistência;
Esses se farão eternos.
O poder de estancar o coração com as próprias mãos,
Vingar-se de si, de seu fruto que nada tem de sagrado.
O ódio de ser Aquele que vem na noite para abafar os gemidos
E trazer o manto da morte às garotas indefesas.
Sangra entre as pupilas do esgoto a rã, desidratada,
Prepara uma única valsa com a merda, com os dejetos.
Somos nós refletidos na porcelana dos pesadelos?
São nossas faces a dos monstros embaixo da cama das crianças?
Ah! Nem vem Deus ceifar o pecador de carne e osso.
Deus o teme por não temer aos Deuses.
Não existe Deus, na noite do desespero.
Só o sentir-se imundo e a placenta vazia dos sonhos.
A partir de agora, o mundo será melhor.
A partir de agora, o mundo irá cessar.
Limpos os restos dos animais e do Remorso
Na sala branca da impureza das vontades,
Tudo que resta são as mãos ensanguentadas;
As mãos do arrependimento regurgitado,
Do Pecador de carne e osso.

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