quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tempos Áureos, Ao Contrário

O corpo tremia em espasmos sem iguais,
Pesadelos anormais me tomavam pela mão,
E eu, sem forças, me lamentava..
...
Aquelas garotas me passaram pra trás.
Elas, com suas taças transbordando água suja,
Com olhares próprios de Deuses..
Sádicos; Com seus altares e estátuas,
Sempre frios e distantes..
Me passaram pra trás.
...
Na lama acumulada em um corredor,
Dançavam vermes, celebrando a depressão,
E eu, na menor de minhas formas,
Preparava-me para dormir também por ali;
Companhia para eles? Parte de seu corpo?
Portas trancavam-se ao meu passar
E idiotas se jogavam de janelas
Como à imitar grandes gênios de forma imbecil;
[Edifícios sempre tão altos e imponentes, agora embolorados]
Entre eles me vangloriava;
Entre eles também pertencia.
E entre eles, havia de me lamentar uma vez mais;
Um amor distante, como uma imagem à perder as cores,
Um horizonte ilusório, uma trapaça dos dias..
Ah! Os tempos áureos, ao contrário..

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