quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Homem-Cão

A vida impede de desistir, As vezes.
Eu parecia... Correr!
Sozinho parecia sonhar.. Talvez..
Olhar para os lados, que miséria!
O eterno retorno, a tristeza sem fim..
Seria o próprio âmago da vida
Despedaçar uma folha nas mãos
Com toda a glória de um derrotado?
A graça de correr até cair o maior tombo
E discorrer sobre cães amigos
Sobre crianças em casas feitas de doces,
Esquecidas por mães
Que ouvem Carpenters para limpar suas casas,
Deixando apenas a indiferença, lisa..
Seria esse o objetivo final?
E aqueles garotos, tão joviais que nos contaram
Que no fim iríamos todos nos abraçar
E chorar a mágoa e o remorso
De ter vivido de olhos fechados, onde estão?
Ah.. Agora me lembro.. De um velório..
Eu parecia... Parecia...


"...Guardo comigo um caco de vidro;
Seguro-o de forma que corte os vãos dos dedos
E que o sangue reflita de forma poética.
Tiro os espelhos do quarto,
Pra tentar dormir em paz por uma noite;
Tudo que eu tentei fazer deu errado.
Tudo que eu tentei deu errado.
Deito a cabeça sobre o travesseiro.
Fecho bem os musculos da garganta;
Decepo-os. "

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