quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nos Braços da Queda e da Despedida

Por favor, garota, me segure
Quando em queda livre me veres;
Não sou livre nem para que caia,
Pois não mereço que o chão me atinja.
Braços firmes para a despedida,
Braços firmes e laços fracos, garota.
Amigos mortos, ou apenas em potencial,
Essas coisas que não importam quando nos sentimos só.
Não sei falar de amor, mas, juro:
A queda é gloriosa arte!
Aos anjos não mais apetece; Me importo, juro!
Por isso são anjos, dirias -
Ou só por terem asas mais fortes que as minhas.
Mas garota se olhares firme em meus olhos
(Ainda que fosses capaz de ver através deles)
Nada poderás ver, se não minha alma tosca...
Mas não hoje, pela tarde, ao som daqueles antigos vinis,
Mas não hoje, enquanto saboreio meu café;
Não falemos mais de corações impuros!
Vamos agora cantarolar a vitória dos gloriosos;
Cala-te! Esqueça os pobres de espírito como eu,
Vamos celebrar a vida e mendigar por um mísero cigarro em mãos;
Uma derrota na vida já me basta e,
essa conversa mole, por vezes adoece até os mais fortes.
Não sou forte, isto me recorda, mas
Talvez você, com tua gloriosa imagem, o seja.
Você com tua imagem e corpo tão firmes,
E teus braços, teus braços nos meus como naquelas outras noites.
Que noites; De frio tão mais belo que este de queda livre...

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