quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Lápide

O meu ser e meu corpo,
Oferta em teu altar.
Espero que te alimente,
Que te nutra a alma, profundamente.
A incompreensão,
Esta mãe de filhos sem boca,
Vejo agora arrancar-lhe os braços.
Garota, não chore
Pelo estupro de teus íntimos...
A vida, à nós, também cegou.
Todos nós, tendo em nossos caminhos
A nebulosa tristeza cotidiana.
Toda uma nação de infelizes
Com os corações em mãos
Tremulando a bandeira da ânsia
De que esses não mais pulsem.
O desejo de confiar e pertencer
Abafado pelo medo do punhal nas costas.
Debatamo-nos em agonia!
-Toda a nossa humanidade
Jaz no ventre de uma lápide
Construida de cal e crença.

"Um casamento de conveniência
Só é capaz de gerar filhos mortos"

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