quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eutanasia

Minha alma está em coma.
Pelas sombras nuas, caminho só.
Pelas ruas estreitas, nos fins de linha.
Nos becos, Nas beiras de abismo.
Não há saída. Nunca houve saída.
O sangue corria nas veias.
Ciclo fechado; Fechado meu coração.
O espírito quis fugir. Almejava a liberdade.
Aqui dentro, tudo apodreceu.
Aqui dentro, a esperança morreu antes mesmo de nascer.
Fui pedra, para aguentar à mais pura dor.
Todo o meu ódio; todo o sentimento ruim
Me matava, e me mata aos poucos.
Me sinto só o tempo todo.
Quando cai a noite, somente a solidão me abraça.
Minha alma está em coma
E um último desejo me consome.

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