segunda-feira, 25 de abril de 2011

Psykiskt Instabil

Estou perdido,
Me sinto deslocado.
Só, só solidão;
Vazio sem finitude.
A faca em minhas mãos firmes,
O corte, afiado, massageia a garganta;
Estou pronto para acabar com tudo.
Nunca tive para onde correr.
Pelas ruas sujas de lama,
Tentei me esconder o tempo todo.
Vivi no esgoto, no lodo social.
Vesti uma bela máscara
E mesmo assim, continuei
Me arrastando como um inseto:
"Pisem na minha cabeça!"
Tentei acordar para minha vida
E assistir o fim do mundo
Saboreando a ruína humana - Falhei.
Garoto abandonado,
Jovem insolente e isolado.
Ah, o amor próprio...
Nunca encontrei sentido
Para erguer minha cabeça.
Estou perdido,
Querendo que meus miolos
Se espalhem no chão da sala.
Não quero mais enxergar
Não quero mais esperar.
Ansioso e angustiado
Vivo e morto.
Vivendo de pesadelos
Esperando pelo fim deles
Sem perspectiva,
Totalmente sem perspectiva.
Deitado num corredor fétido
Vomitando toda e qualquer alegria em viver.
Deitado, sozinho,
Ansiava ser amado,
Sem ser capaz de amar-me.
Psicológicamente instável,
Levanto meu corpo esquálido,
Sujo e acabado,
Arrancando os cabelos em agonia.
Álcool nas veias,
Gasolina nas mãos;
Ateio fogo ao meu corpo.
Um último riso vitorioso
- "Que se faça luz!"

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