domingo, 20 de fevereiro de 2011

(In) Amável

Não me dê a mão
Enquanto caminhamos pelo parque.
Minha face não é tão bonita
Quanto a dos heróis glorificados
Nas belas histórias de romance.
Não me fale sobre otimismo,
Se todo ele é infundado.
É culpa minha, eu sei.
As cicatrizes que a vida marcou em meu corpo
E a dor que não cessa nunca,
É tudo minha culpa.
Me corto e o sangue corre quente
Escorre pelo ralo, até que pare de sangrar.
Não me segure firme,
Mesmo que eu estremeça, no fim passa.
O fim, espero firme;
O fim no qual creio fiel.
Não me abrace e não me queira
Cansei deste desamor maldito!
Se me aprisionaram, há um motivo,
Riem de mim por não me conhecer.
Eu me conheço,
Não sei amar reflexos idiotas,
Não é pela sua piedade inútil
Que me amaliçôo com todas as palavras,
Por isso, não finja me amar,
nunca serás capaz.

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