Não saberia lhe dizer como oram
Os anjos em dias de ira.
Se contorcem, deitam em camas de pregos,
Dão tapas covardes nas costas de Deus?
Já não me lembro..
E tu, abaixo deles, ainda que sem expressão nos olhos..
Ousa ser maior e mais amável que tais..
Ousa carregar nas pálpebras fechadas, amores;
Inigualáveis... Incríveis..
Dou-lhe meu lado direito
E, seria um dia comum, caso me destruísse as costelas..
O asco típico das quinta-feiras..
A solidão dos fins de domingo..
Mas não o faz.
Nada em tuas sobrancelhas arqueadas
E olhos expressivos e pele branca e corpo magro,
Nada em ti remete àqueles anjos,
Por carregarem com eles dias de ira,
Céus repletos de ódio... Raiva.
Me ajoelho como metáfora de minha fraqueza,
E glorifico-a.
Por teu corpo no meu, orarei; E farei de mim teu servo.
Não suporto mais os mesmos dias,
Nem quero mais estes anjos de mãos ásperas.
Estou nu, e sou impuro,
Mas quando estás aqui,
Já não sei mais....
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