segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Anjos em Dias de Ira

Não saberia lhe dizer como oram
Os anjos em dias de ira.
Se contorcem, deitam em camas de pregos,
Dão tapas covardes nas costas de Deus?
Já não me lembro..
E tu, abaixo deles, ainda que sem expressão nos olhos..
Ousa ser maior e mais amável que tais..
Ousa carregar nas pálpebras fechadas, amores;
Inigualáveis... Incríveis..
Dou-lhe meu lado direito
E, seria um dia comum, caso me destruísse as costelas..
O asco típico das quinta-feiras..
A solidão dos fins de domingo..
Mas não o faz.
Nada em tuas sobrancelhas arqueadas
E olhos expressivos e pele branca e corpo magro,
Nada em ti remete àqueles anjos,
Por carregarem com eles dias de ira,
Céus repletos de ódio... Raiva.
Me ajoelho como metáfora de minha fraqueza,
E glorifico-a.
Por teu corpo no meu, orarei; E farei de mim teu servo.
Não suporto mais os mesmos dias,
Nem quero mais estes anjos de mãos ásperas.
Estou nu, e sou impuro,
Mas quando estás aqui,
Já não sei mais....

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