sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cacos de Vidro

Morto ou vivo,
Estamos à sós?
Quando a última chama exaurir
Quando as correntes pararem de arrastar
Estarei vivo ou morto?
Pisos horrendos assentados na sala;
Tanta solidão, tanta solidão.
Tais lugares tão isolados
Ainda riscam meus sonhos.
O espelho se quebra,
E minha imagem se transforma
Em alguma figura metafórica.
Somos estátuas de anjos.
Belos simbolos, porém efêmeros.
O que representamos se não a solidão?
Duas crianças em um útero,
O que tem em comum?
Choram, doam, doem.
Chega de papo furado.
Digamos um belo e largo foda-se para tudo isso!
O que realmente existe
É a cabeça bem afundada na merda,
É o fogo tomando o rosto
E seus gritos de dor na madrugada.
Amargurem, amargurem e sofram
Os filhos de todos os úteros!
De natureza torta e espírito frio.
Agonizem!
Guardo comigo ainda um caco de vidro;
Seguro-o de forma que corte os vãos dos dedos;
Deixo o sangue escorrer.
Tiro os espelhos do quarto,
Pra tentar dormir em paz por uma noite;
Tudo que eu tentei fazer deu errado.
Tudo que eu tentei deu errado.
Deito a cabeça sobre o travesseiro.
Fecho bem os musculos da garganta;
Decepo-os.


"I'll write in your face with my pretty knife,
I'm gonna toy with your precious smile,
I want to know,
i want you to know
Want You to know what love is"

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