quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Falta de Significado

Arranco meus olhos na madrugada,
O sangue jorra sem cor nenhuma.
Minha cabeça maldita não vai parar,
Que venha a lança vil atravessar meu lado.
Essa doença está degenerando minhas células,
Nascemos pra morrer, afinal.
Definhamos; Somos insignificantes,
Imploremos perdão, sucumbamos na hipocrisia!
Me deito no caixão,
Por favor, feche minhas pálpebras.
Que vida há de crescer alegre
Neste solo infértil que é o mundo?
Vomito a vida pra fora do meu corpo.
Se me amas, Deus, não me deixe viver mais.
Se amas teu filho, Justo, acaba com tudo.
Que o veneno da víbora traiçoeira toque meu coração,
Desça o apocalipse na cabeça da humanidade!
Acaba com minha angústia, morte!
Adentra minha carne; Me liberta eternamente!
Não posso dormir à noite,
Se for acordar pra ver mais um dia.
Embala meu sono, fim dos tempos.
Nascer na inexistência
É mais gratificante que existir sem sentido algum.

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